domingo, 23 de dezembro de 2012

De olho no tiki 21



Hoje de manhã eu velejei um Tiki 21, um Wharram design bastante bom de vela, rápido e estável. Um barco com todas as aptidões de seu irmão maior, o Tiki 26 no que se refere a estabilidade, velocidade e segurança.
Fiquei fascinado por estas caracteristicas do Tiki 21. Este barco se presta muitíssimo bem para aqueles que tem um espírito mais despojado e que desejem fazer cruzeiros costeiros de forma a estar mais próximo aos elementos.

 Apesar ser um barco de apenas 6,40m, ele é muito seguro, fácil de velejar e muito rápido, garantindo singraduras de várias milhas em espaço de tempo bem menores que outros pequenos monocascos de quilha fixa ou retrátil  podendo assim ir muito longe com ele quando se dispõe de pouco tempo.
Sua motorização pode ser entre 2 a 6 hp sendo um de 4 a 5hp ao meu ver, a mais adequada e suficiente se for fazer um cruzeiro mais longo onde na chegada tenha que remontar uma barra ou navegar sem pano contra o vento, com essa potencia ademais se tem um baixo consumo de combustível e pouco peso da unidade motriz.

Orçando sossegadamente a 6 nós com um vento de 10/12 nós


Notei que ele é um barco mais molhado quando em mar agitado, em relação ao Tiki 26, mas, se pode deixá-lo mais seco com pequenas adaptações em seu cockpit. Por ser leve e não ter lastro, sua velejada lembra a de um monotipo e que também pode ser temperada com boa doses de adrenalina pela velocidade que desenvolve.





Sinceramente, o Tiki 21 me fez repensar sobre o barco ideal para eu ter aqui em Florianópolis e velejar pelas suas extensas baías, ilhas e praias, podendo tranquilamente esticar para locais mais longe com trajetos em mar aberto com distancias “non stop” de 40 ou mais milhas sem nenhum problema. A cabine de lona, aumenta consideravelmente o conforto a bordo quando estiver ancorado ou encostado na areia da praia.  Um pequeno fogareiro é o suficiente para preparar pratos quentes, mesmo com o barco navegando.


Quem quiser ter um pequeno catamaram de boa performance,  e que tenha em sua cabine “casulo” confortável e abrigado para dormir ou se esconder da intempérie, robusto, seguro o suficiente para encarar o alto mar, e ao mesmo tempo leve, manejável , de baixo custo de manutenção, desmontável e rebocável por um carro popular, este barco é o Tiki 21.



11 comentários:

  1. Também me amarrei no Tiki 21. Vou fazer um, mas só depois que acabar o TikiRio e passar um tempo para esquecer como é duro construir.

    Faltou as fotos...Feliz Natal.

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  2. Roger, realmente construir é duro, no meu caso não posso me dar ao luxo de passar um tempo para esquecer, rs.
    As fotos postarei assim que eu vá a uma lan house, minha conexão 3D da vivo é sofrível e não consegui fazê-lo. Tenho uma foto do GPS com o 21 orçando a 6 nós com um vento variando entre 10 e 12. No mesmo GPS, abaixo, se vê a velocidade máxima de 14.1 nós, mas foi do Tiki 26 faz 3 dias (!!!). Abraço e um Feliz Natal para voce e sua família.

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  3. Ola Marcos, tenho acompanhado teu blog, parabéns pelo belo trabalho, o tiki 26, vou iniciar a construção de um tiki 21 semana que vem vou comprar o compensado, será de cedro naval, da Madeiras Monteiro, seu comentário sobre tornar mais seco o cokpit do 21 me interessou, se vc puder postar algum estudo sobre o assunto seria útil pra quem pretende construir o 21, obrigado e abços.
    Horácio

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  4. Horacio, tenho observações que fiz com relação ao desenho original. O Tiki 21 que penso em construir, teria modificações na cabine, cockpit e o deck na proa, ademais de uma antepara móvel entre a travessa do mastro e o cockpit de uns 35 cm acima do nivel superior da travessa. Com isso já diminuiria bastante a água que venha a ser borrifada no cockpit. Tudo tem que ser bem estudado, sobretudo o aumento em altura da cabine, para que na hora de montar e colar os encaixes sejam precisos, ademais do conjunto todo não destoar com as linhas do barco.

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    1. Marcos, as tuas postagens sobre a construção do tiki 26 vão ser muito úteis para mim na construção do tiki 21, tb tenho acompanhado o blog do Roger.

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  5. Marcos como se comportou o Tiki 21 nas manobras de troca de bordo no contravento?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. No tiki 21, assim como no 26, as cambadas se fazem bem, o importante é não esperar uma agilidade nesta manobra como num monocasco com fin kell. No tiki 21, por ser menor, é mais agil que no 26, pelo seu menor comprimento e peso. Para cambar, tem que se chegar o mais próximo da linha do vento possível com potencia nas velas e inércia (que é pouca ) suficiente para passar a linha do vento. Após passar a linha do vento, manter aquartelada a genoa para a proa afastar-se dela com maior rapidez e marear-la na nova condição do barco em relação ao vento. Como num monocasco de quilha corrida, em determinadas condições de mar (ondas e/ou correntes)ou descuido na manobra, o barco pode negar-se a completar a cambada. Aproveitei a velejada no tiki para fazer várias cambadas e fiquei sómente uma vez com o barco parado, filado ao vento e as velas panejando. Mas foi por descuido que isso ocorreu, pois a manobra exige uma certa atenção para que se faça com sucesso. A quem está acostumado a velejar com monocascos ao velejar pela primeira vez um tiki, a cambada pode "falhar", contudo, com um uso continuado do barco, logo se adapta ao seu comportamento, assimilando suas caracteristicas de pouco peso e portanto de inércia, e a manobra se faz de forma mais descontraída, mas não isenta de atenção.

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    3. Já a virada em roda se faz com bastante tranquilidade e segurança, mesmo em ventos fortes, pela característica dos tikis de não haver retranca. É uma manobra que gosto de fazer pois o barco apesar de descrever um círculo de diâmetro maior que num monocasco, entra na orça lançado, vindo de um través, e que num catamaram significa muita velocidade!

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  6. Marcos,
    Sobre as modifições que podem ser feitas num tiki 21, encontrei hoje na net este video:https://www.youtube.com/watch?v=QejbzW8kG64
    Foi feito uma epécie de guarda mancebo rigido sobre as cabines que as tranformam e em dois bancos com encotos. Acredito que este barco esteja sendo usado para charter.
    Achei bem interessante.

    Abraços!

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  7. Adriano, parece ser uma solução bastante simples para resolver o problema de ter um apoio para as costas no Tiki 21 e ter as pernas mais flexionadas, garantindo um melhor conforto durante a navegação. De qualquer forma, deve ser bem construido para poder apoiar-se sem que ele ceda e que a cabine na sua parte frontal esteja a mesma altura da parte posterior, assim, os tripulantes se sentam mais comodamente e, de passo se ganha um espaço extra no interior das cabines.

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