quinta-feira, 18 de junho de 2015

Construção Tiki 21

Para acompanhar a construção, é só entrar nesta postagem e ir descendo até os adicionamentos mais recentes e atuais.

No começo do mês de maio comecei a construção de um Tiki 21 encomendado por um cliente de Paranaguá. Com isso o meu barco fica parado, mas agora, trabalhando ao seu lado, se sobrar tempo vou mexendo em alguma coisa e assim vai avançando aos pouquinhos. Para livrar o espaço, dei uma mão de tinta epoxy branca no casco e foi para o quintal ficando emborcado sob dois cavaletes, assim, com o casco protegido, fico tranquilo. 
Na foto abaixo o casco de bombordo já pronto para receber a pintura epoxy


Abaixo, a parte do material que será transformado num catamarã dentro dos próximos meses







O desenho das anteparas sofreram modificações visando um maior espaço nas cabines


Acima a abertura original da antepara central e de proa. Em ambas já está adicionado o a mais na altura, a foto serve para se ter uma idéia do aumento de espaço. Na foto de cima, a antepara a esquerda teria o teto quase tangenciando o arco em sua parte superior e abaixo com vai ficar.



 A qualidade da foto deixa a desejar, mas se pode ver os coatados já cortados, pronto para serem emendados e tornar uma só peça.


 Da quilha até a altura do costado, a antepara central da cabine recebeu um reforço de outro compensado de 5,5mm. Se pode notar que o compensado de reforço tem outra cor.

 Conjunto das anteparas prontas

 Casco aberto


Colagem das anteparas e da quilha. Se pode notar o reforço interno onde vai ser instalado posteriormente, quando estiver fechado com o convés, os apoios das travessas.



Alinhamento do casco feito com prumo




Aproveitando um fim de semana de bom tempo, peguei a moto e fui a  Lagoa de Ibiraquera em Imbituba, visitar um amigo e ver a conclusão de seu trabalho junto a dois amigos e sócios no barco. Terminaram a pouco este lindo Tiki 26 que logo irá para a água.




Com a proa "olhando" seu irmão "Jasmim", por mim construido e terminado em dezembro de 2012, o qual está com sua construção documentada neste blog.

Abaixo, de volta ao trabalho, se pode ver que o casco recebeu a impermeabilização interna de resina epoxy. Se pode apreciar também no detalhe o reforço de outra chapa de compensado na antepara central da cabine.


Abaixo outro detalhe do reforço para o apoio do da travessa de popa. Outra modificação vou fazer é um apoio para o convés com seção retangular de 2x4cm como se pode apreciar no lado esquerdo da foto. Originalmente esse apoio é triangular, mas o proprietário é um sujeito grande e pesado, e isto vai garantir uma rigidez maior no convés.







Bom, agora antes de fazer e instalar os paineiros, virei o casco, pois assim ele é mais leve e posso fazer o serviço sózinho.




O trabalho consiste em, depois de colar os reforços externos dos locais de amarração das travessas, dar uma lixada geral para depois poder fazer o trabalho de aplicação de massa epoxy/sílica em todas as arestas. Esta etapa não foi fotografada. A única foto que tenho (abaixo) é desta parte da quilha com a massa ainda sem lixar


Muita lixa para desbastar e modelar feita com a lixadeira angular, com muito cuidado e depois lixar todo o casco deixando a superfície lisa e sem imperfeições para deixar pronto para a laminação.







Agora é só limpar o pó do casco e do piso para começar a laminação



Começo assentando e fazendo os ajustes e cortes no tecido, antes de laminar, pois assim o trabalho fica mais facilitado.


As arestas da popa e skeg serão feitas com várias camadas de tecido mais fino do que o de 330g/m2 pois ele se moldará melhor nas curvas, sem deixar nenhuma falha ou bolha, com o 330 neste ponto onde tem saliências prócimas a curvas acentuadas, mesmo com a utilização de um filme plástico, já tive problemas de pontos onde o tecido levantou, e deu muito trabalho ficar lixando os pontos de pequenas falhas para depois encher com massa de epoxy/sílica e voltar a lixar. A laminação tem que ser muito criteriosa e ficar muito atento a pequenos detalhes de possíveis formações de pequenas bolhas, evitando que isso aconteça, e depois de curado uma nova inspeção com muuuita atenção para detectar qualquer possível defeito por menor que seja e saná-lo a consciência antes de fazer a cobertura de massa para nivelar. Só assim se poderá ficar tranquilo quando for deixar o barco na água, com a certeza de que não há possibilidade de qualquer infiltração e de que a laminação está perfeitamente aderida em toda a superfície. Recordando que depois da laminação ainda vem uma camada de massa epoxy, depois o primer epoxy, e pelo menos duas demãos de PU bicomponente. O compensado vai estar muito bem protegido, sem qualquer possibilidade de contato com a água.




A sobra do tecido que foi aplicada em uma lateral do casco passa para o outro lado. No caso, essa sobra terá as pontas das extermidades de proa e popa cortadas na altura da linha d'agua. Assim, quando for laminar este lado do casco, o tecido ficará duplado na altura da linha dágua de um lado e de outro, passando pela quilha (overlaping), conferindo uma resistência fenomenal na área submersa do casco.  Agora é só cortar reto na altura da linha d'água.




Bom, tecido cortado reto na altura da linha d'água, e já foi colocado o tecido do outro lado do casco para acertar sua posição e grampeá-lo para fixar em seu lugar



Depois de grampeado, ele foi afastado de cima do outro tecido para que fosse laminado um primeiro e depois um sobre o outro, para facilitar e garantir a impregnação total e não dar margem que fique tecido com falha na impregnação.


No extremo de popa e no skeg foi feita uma laminação nas quinas com sobreposição de tecido mais fino, pois ele se molda melhor a essas partes sem que se levante. Foi usado um tecido de 160g/m2 em 4 capas.

Os apetrechos prontos e se pode agora começar a preparação da resina epoxy. O alicate sempre a mão para ir retirando os grampos que prendem o tecido no lugar a medida em que ele vai se aderindo ao casco com a aplicação da resina


A laminação começou no início da tarde e terminou já de noite. Estava só e não pude fotografar enquanto trabalhava, mas aí está o casco todo laminado



Enquanto espero a cura total da resina, resolvi começar a fazer as travessas













 Os sarrafos superiores e inferiores das travessas, foram colados e aparafusados com parafusos inox.  Fiz um gabarito para ir checando e ajustando o sarrafo em seu lugar depois de aplicada a cola feita de epoxy e silica coloidal,  prendendo-o  com pregos que foram removidos depois que o sarrafo foi todo aparafusado.





 Dando sequencia aos trabalhos no casco, uma vez que o tempo melhorou e está seco, foi a vez do que considero a pior parte do trabalho que consiste em lixar a laminação de fibra de vidro. Esta lixação tem por objetivo eliminar tosas as rebarbas e desníveis de sobreposição de tecidos, ademais de dar uma fosqueada na superfície vítrea do epoxy curado, para criar uma superfície de melhor ancoragem para a massa de aparelhar que será aplicada após a essa etapa. pensem uma quantidade de pó de vidro... Essa lixação a faço com um macacão plastico para proteger a pele. Ainda assim, a coceira é inevitável nas pequenas partes do corpo que ficaram expostas.



Bom, agora depois de lixada a fibra de vidro, vou aplicar a massa de microesfera. Depois lixar novamente, detectar alguma falha para cobri-la de massa e voltar a lixar. Uma vez terminada essa etapa  casco estará pronto para começar a receber o primer epoxy


Agora o casco recebeu a massa de microesfera e já foi feita a sua lixação e os retoque finais



A quantidade de pó e impressionante. 


Depois de varrer, lavei todo o ambiente com agua a pressão, inclusive o casco, retirando toadas as particulas de pó e deixando o casco pronto para receber o primer quando estiver completamente seco


Antes da aplicação do primer, fiz as furações para a fixação do leme. primeiro um furo grande que depois foi fechado com massa epoxy


A marcação feita com o gabarito



Furos guias


Abaixo as furações e os devidos desbastes nas bordas onde o cabo vai passar, para que os mesmos não se apoiem em quinas vivas. Se pode notar que os furos foram feitos na massa epoxy, deixando a madeira completamente isolada quando estiver na água, evitando a possibilidade de infiltrações. Agora o casco está pronto para a etapa da pintura.

Depois de quase duas semanas de muita chuva e frio, o que impediu de fazer a pintura, ontem, sábado dia 18/07 o tempo abriu e fez sol. Deixei que o casco se arejasse e a umidade do ar baixasse e hoje, domingo, apliquei as duas demãos de primer.
O casco já com as duas demãos de primer epoxy que depois de curado, será lixado com lixa fina e estará por fim pronto receber o acabamento final de pintura PU. 



Mais dez dias de tempo chuvoso, em que nada pode ser feito no casco, aproveitei para cortar os perfis dos lemes. Agora, que o tempo abriu e ficou mais firme, aproveitei para lixar com lixa fina o epoxy branco, depois de tudo limpo comecei a pintura em PU azul, a qual foi dada duas demãos com uma lixa de grão muito fino entre elas.






Ontem eu virei o casco para dar continuidade no trabalho 






 Construção dos paineiros







Montando a estrutura para convés
Algumas modificações feitas para que o barco pudesse suportar melhor o tripulante proprietário que é grande. O perfil da estrutura se assemelha ao perfil usado no tiki 26. Todas as ripas estruturais foram desdobradas na hora de uma táboa de 4,5m por 30cm de largura e 2cm de espessura.






Cortado todo o compensado para cobrir o convés e já sendo colocado no seu lugar





Convés de proa e popa já terminados e montada a estrutura da cabine que também feito com sarrafos para que fique bastante rígido para aguentar o peso da tripulação sobre ela. A estrutura pronta mostrou-se bastante forte e rígida.